Por que você não deveria automatizar testes para novas funcionalidades
Entregar uma nova feature com 100% de testes automatizados parece uma boa ideia — mas a realidade é outra.
O problema
Novas funcionalidades são um mar de incertezas.
→ Mesmo com bom Discovery, validação com usuários beta e entrevistas, → Quando a feature vai pra produção… muitas vezes não é o que o usuário precisava de verdade
O que acontece?
→ Você precisa ajustar a lógica e a interface com base no uso real → E agora tem dois problemas: refatorar a feature e reescrever todos os testes automatizados
Resultado: Lead time estourado por uma entrega que ainda nem gerou valor real.
Nem toda empresa está no mesmo estágio
→ Em startups, o produto muda o tempo todo — hipóteses, não verdades → Em softwares estabelecidos de missão crítica, o foco é garantir que nada quebre
Automatizar uma funcionalidade ainda instável é um desperdício de tempo — e dinheiro.
O nível de maturidade do produto define o quanto você deve investir em testes E2E desde o início.
Testes automatizados têm um propósito
Eles servem para garantir que o comportamento atual da aplicação se mantenha confiável com o tempo.
Ou seja, só faz sentido automatizar comportamentos que realmente existem e foram validados em produção.
Automatizar algo que ainda não foi usado de verdade é cristalizar uma hipótese.
Qual a melhor estratégia então?
→ Testes manuais e exploratórios — sim, isso mesmo → Feitos por pessoas fora do time de desenvolvimento, para validar UX e robustez → Use rituais como bug bash ou bug bounty interno: – Integram o time – Espalham conhecimento sobre a nova entrega
Como fazemos na Voidr
Na Voidr, monitoramos continuamente as mudanças nos ambientes dos nossos parceiros.
→ Quando a funcionalidade já está validada e estável, seguimos com a automação dos testes E2E. → Quando ainda há incerteza ou risco técnico, optamos por uma abordagem exploratória, com foco em quebrar a entrega antes que o usuário final encontre o problema.
Você está automatizando hipóteses — ou comportamentos validados?
A diferença muda completamente o ROI da sua estratégia de qualidade.

Victor é CTO & Co-founder na Voidr, onde lidera iniciativas de qualidade e automação de testes para sistemas de missão crítica.
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